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Gerenciar pessoas, a arte esquecida

Algumas coisas são, de fato, mais críticas e determinantes para o sucesso ou insucesso de uma empresa do que outras. Uma destas coisas essenciais, muitas vezes negligenciadas, é a equipe de trabalho, isto é, seus funcionários. Segundo pesquisas, cerca de 47% dos dentistas brasileiros trabalham sozinhos, acumulando tarefas como abrir porta, atender telefone, lavar instrumentais, etc. Aos cuidados com este assunto vamos aqui chamar de Gestão de Pessoas.

A inabilidade em recrutar, selecionar e manter uma boa equipe pode ser fatal para os resultados. Pessoas constituem o principal ativo da empresa, daí a necessidade de nos tornarmos mais atentos a elas.

Todos os funcionários (coloque-se neste papel e comprovará que o que digo é verdade) fazem investimentos nas empresas para as quais trabalham, dedicando a elas esforço, responsabilidade, comprometimento, compartilhando riscos etc, na expectativa de receberem retorno desses investimentos, isto é, salários, incentivos financeiros, crescimento profissional, desenvolvimento de uma carreira, reconhecimento público etc. Na medida em que o retorno é bom, a tendência é manutenção (ou aumento) do investimento. Simples assim.

A Gestão de Pessoas de uma empresa pode ser feita por um departamento ou, no caso de consultórios e clínicas, apenas por um conjunto de coisas importantes para se pensar, definir e atuar. De qualquer forma, os objetivos desta área podem ser assim resumidos:

1. Ajudar a empresa/profissional a alcançar seus objetivos e realizar sua missão, ou seja, cumprir seu papel e atingir metas.

2. Reconhecer e premiar as pessoas por tarefas bem realizadas e metas alcançadas. As pessoas melhoram seu desempenho ao perceberem justiça nas recompensas que recebem. Torne claros os objetivos e o modo como eles são medidos.

3. Aumentar a competitividade da empresa, ao ampliar a produtividade e eficiência da equipe empregando melhor suas habilidades e competências.

4. Aumentar a satisfação de todos com trabalho. Pode soar estranho para alguns, mas resultados extraordinários só acontecem quando (e se) os empregados estão felizes. Eles devem sentir que estão na função certa e que estão sendo tratados eqüitativamente. Trabalho é boa parte de nossa (e deles) identidade pessoal. As pessoas despendem a maior parte de suas vidas no trabalho e isto requer uma estreita identidade com o trabalho que fazem. Empregados insatisfeitos tendem a pedir demissão, faltar com freqüencia e render pouco no trabalho.

5. Manter ótimo ambiente e experiência no trabalho, ou seja, conferir um estilo de gerência adequado e dar algum grau de autonomia para que possam tomar decisões. Alem disso, elementos como clima organizacional, temperatura agradável, estabilidade de emprego, carga horária decente etc fazem parte desta experiência.

6. Manter regras de funcionamento interno e políticas éticas. Por motivos que deveriam ser óbvios, as pessoas não devem ser discriminadas e seus direitos básicos devem ser garantidos, tanto como pessoas quanto como funcionários.

7. Trabalho em equipe. Lembre-se que seus funcionários são seres humanos diferentes entre si, com personalidades distintas e possuidores de conhecimentos, habilidades e capacidades diferentes. É a soma de talentos que leva uma empresa ao sucesso e isso requer a capacidade destas pessoas trabalharem juntas.

As pessoas podem ampliar ou reduzir sua dedicação e comprometimento com você e com os resultados que espera, dependendo da maneira como elas são tratadas em termos de respeito e de estímulos. Somente poderemos crescer e prosperar se formos capazes de envolver e motivar a equipe.

Quando estamos verdadeiramente voltados a pessoas isso se transforma em cultura organizacional, ou seja, na forma como esse valor se reflete em ações práticas no dia a dia. Como você tem feito sua Gestão de Pessoas? Pense nisso.

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